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sábado, 27 de outubro de 2012

Oh! Admirável mundo novo...

Os rumos do mundo atual me entristecem. Vejo que Orwell e Huxley estavam certos, já sabiam como seria a sociedade "moderna" e "desenvolvida". Ah, o positivismo, sua sede pelo progresso desenfreado... Esse é o mundo em que vivemos. Valores foram completamente invertidos. Sentimentos para quê, se eu posso simplesmente sair com uma pessoa diferente a cada dia sem apego? Pra quê religião e misticismo, se a ciência e toda essa tecnologia vão resolver todos os meus problemas? Vamos viver loucamente, carpe diem, enquanto não descobrem a fonte da juventude ou a promessa da vida eterna. Ah, essa juventude...
Qualquer coisa é só tomar 0,5 ou 1g de soma para esquecer da realidade né? Porque isso é muito mais fácil do que enfrentar os problemas de frente e resolvê-los de verdade. Tomar soma eternamente...
Chamar todos os outros povos que não partilham dessa mesma cultura de "selvagens", visão etnocêntrica à la Henry Sumner-Maine. Antropologia de gabinete, vamos acreditar que realmente entendemos sobre esses outros povos apenas observando sua história em livros. Podemos colocá-los em um vidrinho e observá-los, como animaizinhos.
Essa crença no "super-homem" que leva a sociedade a tal decadência. Claro que as crenças da idade média também não satisfaziam as necessidades humanas, a ciência é imprescindível. Porém, em pleno século XXI, acredito que a humanidade já tenha ouvido falar na ética aristotélica, não? Mediania. Nem a falta e nem o excesso, a virtude situa-se nesse meio-termo. É a chave para muitos dos problemas e do caos social e pessoal. Equilíbrio.
O "selvagem" desiludiu-se com a sociedade dita "desenvolvida" e "civilizada".

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