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sábado, 14 de março de 2015

She can read, she's bad

Lei 13.104/15. Faz com que o assassinato de uma mulher, apenas em razão da sua condição de ser mulher, seja uma qualificadora para o tipo penal de homicídio, aumentando a pena e distinguindo-a do homicídio comum.
Antes tarde do que nunca.
Ainda temos falhas nessa lei, como, por exemplo, o fato de que ela não enquadraria as transsexuais neste tipo penal, já que a nossa bancada evangélica - deste nosso país tão laico - apenas aprovou a lei com a descrição expressa do "sexo feminino", o que irá gerar muitas polêmicas quanto à sua interpretação...
Mas vamos deixar isso pra depois, teremos que esperar - talvez décadas - por uma súmula vinculante do STF.
A questão é: por quê a nova lei, sancionada recentemente pela presidente, está causando tanta polêmica e críticas negativas??
A cada 10 segundos, 4 mulheres são assassinadas em nosso país.
O Brasil é o sétimo país do mundo em que mais se mata mulheres.
As mulheres, na esmagadora maioria das vezes, são mortas pura e simplesmente em razão do seu sexo, que em nossa sociedade machista, ainda são consideradas inferiores, submissas.
"Ah, mas elas não querem igualdade? Isso é buscar um privilégio", dizem os ignorantes.
A justiça, segundo Aristóteles, é tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas proporções, razão pela qual a lei foi criada, pois os dados demonstrados dessa conduta penal na classe das mulheres são gritantes, e não trata-se de um homicídio comum, e sim, um crime de ódio, cujos dados de homicídio são estratosfericamente maiores em se tratando de mulheres.
Então, sim, precisamos de uma lei que as proteja de forma mais efetiva e assegure seus direitos, de acordo com dados, e não simplesmente em pura presunção de pessoas desinformadas.
Não sabemos ao certo se essa medida vai diminuir as estatísticas, pois quem mata a mulher por questão de gênero não irá recuar em razão do aumento da pena, mas, com certeza, o Estado está tentando atribuir uma medida mais justa por tal atrocidade, e isso, em si, já é uma vitória para todas as mulheres e a sociedade como um todo.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A heartbreak

No calor do momento algo que não era pra ser dito foi dito. Foi dito sem pensar, e se arrependeu no mesmo instante.
Ele ficou possesso. Mas ao contrário dela, que explode, manteve a calma e reteve aquilo para si.
Só que ela percebeu. E indagou sobre o assunto. Então ele explodiu, através de palavras que pareciam agulhas cravando na pele dela. Toda a raiva contida de 365 dias.
Ela ficou em choque.
Quando ela explode é momentâneo e todos sabem o que vem pelo caminho... Agora pelas palavras afiadas dele, ela não esperava.
Ela ficou em choque.
Isso vai precisar de um tempo para digerir...
Mudanças são necessárias, mas de ambos os lados, além disso, a compreensão é imprescindível nos relacionamentos. Se a pessoa tem um acúmulo enorme de defeitos, qual o sentido de continuar junto com ela? Porque por mais que a pessoa ceda, sua essência não vai mudar.
Se não é pra aceitá-la como um todo, melhor que não o faça.
Pois ele se queixa do sentimento de inferioridade, agora, olha quem se sente inferior.
Conseguimos. Somos seres inferiores e insignificantes.
Será que significamos algo para o outro?
Não faz ideia do quanto significa...

domingo, 13 de julho de 2014

Lost art of keeping a secret

E lá se foi a arte em guardar os pensamentos quietos e bem guardados só pra você.
Toda essa manipulação para que todos sempre façam aquilo que você quer!
Mesmo que tenhamos perguntado a sua opinião! Não diga nada!
Fique com uma luz radiante e com um sorriso no rosto - mesmo que não queira.
Então chega a hora do almoço, todos sempre muito "felizes", e, depois, sugere um lugar para a sobremesa.
- Ora, como é exigente! Não vê que já estamos aqui?
- Foi apenas uma sugestão...
- Não para de reclamar né garota. Não queria vir aqui desde o início.
- Eu só respondi quando me perguntaram onde queria comer...
- Chega.
E os tiranos voltaram.
Tudo bem, às vezes ela tem um certo costume de murmurar e reclamar, mas não foi dessa vez.
Não a ponto de todo esse drama...
Destarte, sua irmã depois lhe avisa:
- Parece que eles queriam briga... Falaram que tinham certeza que você ia escolher aquele restaurante que adora em detrimento do deles e resolveram perguntar, ai quando você chegou e deu a resposta que esperavam, bingo! Olha como ela é mimada...
Interessante o ponto de vista de quem "comprou" a briga neste caso...
Se não querem a opinião, não a peçam.
Esse disse que me disse.
Acreditava que estava entre adultos. As pessoas às vezes regridem...

sábado, 12 de julho de 2014

Say hello to the angels

"When I'm feeling lazy is probably because I'm saving all my energy to pick up when you move into my airspace"
Toca pelos fones a melodia de uma das minhas músicas preferidas... E eu penso em você.
- Que ironia, logo você que sempre se disse apática à todo "romance meloso"...
Ah, nem duas semanas se passaram direito e já sinto sua falta imensamente! Falta do seu cheiro no travesseiro, do jeito como me abraça, como mexe nos meus cabelos... Falta de como sempre sabe o que estou pensando, de como arregala os olhos com algumas coisas que eu falo e como dá uma gargalhada deliciosa por coisas tão bobas e eu acabo rindo junto...
Depois de um tempo e por estar acostumada com essas relações da nossa "sociedade líquida", as pessoas - eu pelo menos - param de acreditar nesse tipo de romance que é visto nos filmes e nos livros, mas, quando menos esperamos (e menos buscamos), já estamos totalmente imersos e voltamos a acreditar.
No começo relutei, você sabe, e agora, quem diria, estou aqui assistindo filmes bobos e pensando em você.
Cada vez que recebo uma mensagem aquele sorriso bobo automaticamente se abre, sem que eu perceba.
Sabe que eu não gosto de praias, da natureza, mas eu faria castelos na areia e uma trilha no meio do mato se estivesse com você. E como você fica incrédulo quando falo que não gosto de praia... Fala que vai me levar amarrada e me fazer rolar na areia!
A oferta ainda está de pé?
Mal posso esperar.

sábado, 12 de abril de 2014

You don't know what love is, you just do as you're told.

E no final das contas, nada aconteceu como esperado.
Houve um certo caos
Houve um desespero
Houve uma tristeza, uma melancolia...
Houve uma conversa
Um pequeno desentendimento
Uma das partes culpava a outra e a outra não reconheceu o erro.
Então a parte que culpou reconheceu o exagero
Mas uma questão ainda estava pendente...
Ela não queria que fosse daquele jeito
Não queria impor nada
Mas não queria que demorasse tanto
Que ficasse à mercè de outros, sem ter escolha
Então ele disse o que ela queria ouvir... mas não da forma como ela queria
Houve uma pausa.
No dia seguinte, houve outra conversa.
Com a parte que havia sido culpada e perdoada culpando a outra parte.
Caos e confusão novamente.
Não sabia o que fazer, o que pensar
É isso o que realmente pensa sobre mim?
O que fizera de errado?
Ah, se ela pudesse voltar...
Mas espere, ela não estava assim por causa dele?
A situação foi contornada...
No final foram ditos inúmeros "eu te amo"
Acalmaram-se...
Porém, ela ainda pensa, pensa, pensa...
Só você que pode pensar então?
Sempre achei que você tivesse a certeza...
Parabéns, agora a culpa é toda dela.

domingo, 30 de março de 2014

Slow show

Assim como a semana de perigo veio, ela passou.
Deixou alguns vestígios e cacos, mas passou.
E tudo está confortavelmente nublado novamente.
Eu precisava daquele conforto, daquele abraço e das palavras.
E você percebeu.
E agora tudo pareceu tão bobo e desnecessário...
Women, you have no self control.

quinta-feira, 27 de março de 2014

One week of danger

Então, depois de tudo isso, sumiu.
O psicológico estava tão mal que o físico contaminou-se.
Com tudo o que poderia dar errado em uma semana.
E a falta de atenção.
E o tédio.
Chegou a ficar com saudades de casa.
Por tanto tempo quis ficar na ociosidade,
mas agora, o ócio incomoda.
Tempo demais pra pensar demais.