Aquele momento em que você pergunta mentalmente "o que estou fazendo aqui?". A música, que normalmente está impecável estava um lixo, as pessoas não condiziam com suas expectativas, aquela pessoa que você estava esperando não estava lá (mas também não tinha nada marcado com você). Fiasco. Quando você já desistiu daquele dia, chega um cara de cabelos negros e olhos profundos, um pouco melancólicos, e puxa assunto. Que cara diferente. Começam a conversar sobre visões políticas, literatura, os cursos da faculdade...
E novamente, há a conexão mental. Dessa vez mais profunda do que a fatídica e lastimosa conexão. Mas calma....
Conversaram muito.
Ele diz que você é diferente, que sentiu algo diferente. Seus olhos brilharam quando ele percebeu algumas similaridades interessantes. Até parece.
Ele te pergunta o que você viu nele. Pergunta se vai se lembrar dele, se ele não é só mais um. Normalmente é o contrário, meu caro.
A noite termina com um sorriso. Já começou a criar expectativas... Não, dessa vez vai ser diferente. Sentia-se lisonjeada.
Dia seguinte: nada. Nem no depois do seguinte, nem no outro.
Ela não quer a alma gêmea e aquele sentimento austenesco agora, só alguém pra compartilhar do silêncio...
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