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sábado, 21 de abril de 2012

All night long I dream of the day

Sentada debaixo do salgueiro gigante, ela lia seus romances costumeiros, tinha seu momento de evasão. Buscava compreender no passado quais tinham sido seus erros, porque as coisas ficaram tão confusas, porque se importava com o que não devia...
Enquanto refletia sobre atos antigos, sobre futuros atos, desprendida de sua realidade, viu aquele rosto bem conhecido que vagava seus pensamentos vindo em sua direção. O que ele estaria fazendo aqui?
Ela encarou por um segundo seus olhos amendoados e o seu sorriso familiar, ele estendeu-lhe a mão e ela a segurou, ele a levantou.
- Senti sua falta. Onde estão os outros? - ela disse.
- Não os vi ainda, precisava vê-la antes. - respondeu.
Ele tocou seu rosto, fitou-a seriamente e disse:
- Você podia parar de complicar as coisas né? Eu nunca sei o que você quer.
- Mas eu também não consigo te entender, e eu não sou tão destemida quanto você pensa...
Então ele sorriu, e ela sorriu de volta, como nunca o havia feito durante muito tempo, colocou seus braços nos ombros largos e receptivos dele e encostou sua cabeça em seu peito.
De repente uma música alta toca e ela acorda, com uma enorme melancolia.

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