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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Talvez um dia...

Vejo caos por toda parte. Angústia, ansiedade. Que vontade de jogar tudo pro ar e fugir dessa maratona interminável. Mas o ano está acabando. Por mais que soframos, este ano tive uma conquista (bom, acredito que sim) encontrei amigos verdadeiros, depois de muito tempo, demorei a perceber que - como já disse Jane Austen , é claro - o tempo não determina a intimidade, mas sim a disposição, não significa que amigos de cinco anos atrás continuem assim para sempre, as pessoas mudam, e pessoalmente, senti muitas mudanças internas também ao longo deste ano. Por muito tempo a música foi minha única companheira, aquela que nunca me abandonou - got no friends, got no lover - mas isso melhorou, não por completo, mas já significa muito. Só tenho um medo: estar enganada novamente. Ah, sou perita em cometer erros, mais do que os outros. Na realidade, não me recordo da última vez em que estive certa, sempre interpreto as coisas de forma errada. Meu cérebro faz uma distorção da realidade, que chega a ser cômico - se não fosse trágico. Que imaginação fértil, a minha. Mas o pior, é que adoro viver nas minhas fantasias, no meu mundo das idéias, on my own pleasure zone. Lá tudo é perfeito e tenho poder decisivo sobre tudo, mas o problema é que sempre acordo, percebo que a realidade não é assim e vivo eternamente frustrada e angustiada, chega a doer. Eternally missed. Mas estou em gradativa recuperação, rehab, quem sabe um dia... É por isso que eu amo romances e outras histórias fictícias. Sou como Catherine Morland em Abadia de Northanger, nunca me identifiquei tanto com uma personagem, mas claro, Jane Austen consegue.

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